sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Se é destino ou hora certa, sei que foi amor.

    Reluto ainda em dizer que acredito que o tal do destino exista, pois não digo destino e sim, "hora certa" prefiro assim pensar, menos fantasioso. Pois quando achei que o meu mundo estava acinzentado demais para meus olhos e para minha própria alma - já que tinha mania de lutar contra todos os problemas do mundo. - ele clareou em plena explicação básica: Não era para acontecer.
    Simples. Não era para acontecer. Dito e feito. Não era o que naquele momento eu precisava na minha vida.
    Passando-se as nuvens escuras, os raios de sol aos poucos iam aparecendo em minha vida, florescendo uma flor aqui, outra ali, ou às vezes era apenas mais um capim verde, mas pelo menos era um começo de vida.
    E assim foi o longo 2012 até seu fim, terminando em um espetáculo quase por completo. 
    Foi então que me perguntei, o que ainda está faltando em minha vida? Talvez seja aquele pedaço que deixei ao fundo da gaveta remoendo sem entender. Pois fui verificá-lo. E vi, faltava algo a mais para completar a felicidade que sentia em minha vida, algo que amava sempre, mas era ALÉM do que apenas estar trabalhando finais de semana no teatro como atriz, era algo além disso, que me fazia falta.
    Mas aí que tá, devo mesmo ir atrás do sonho de escolher uma profissão nova, que nem sei ao menos se tem um futuro certo, lucrativo ou o que for? Pois devo. É o meu direito de ser humano ir atrás de meu próprio gosto, já que tenho esta possibilidade de raciocinar e escolher tentativas para ser feliz.
    Eis que um professor me instigou e começou a me questionar o que realmente amava. E daí veio a brilhante ideia que ele me dera, juntar o útil ao agradável, porque não? Design Digital e Produção Cênica, já que eu estava trabalhando de forma tão fluente dentro do Teatro?. Duas coisas que eu amava, em tais planos futuros. Justo, pensei.
    Pois não é que fui realmente atrás? Estudava na simplicidade dos minutos entre um trabalho e uma prova, um curso e o horário de trabalho no teatro. E assim foi seguindo até o dia do teste.
    Eis que chega o tão inesperado dia do resultado, na qual sentia gosto de paz no corpo, de ter feito uma prova com tanto carinho e amor. Pois era mais do que isso, escolhi um curso de coração puro e braços abertos.
    Consegui. Consegui realizar o que minha criança gritava em cima do sofá, planejando como seria o palco dos pequenos ratinhos, ajeitando as cortinas do palco dos fantoches, organizando ingressos que fazia de sulfite rasgado e velho. 
    Era minha criança ali escrita, era ela me agradecendo por ter escutado-a. 

    Por isso digo, destino? Não sei. Hora certa? Talvez. Só sei que precisei deste tempo em minha vida para conseguir com maturidade perceber o que é amor, o que é trabalho, o que é fútil e o que é necessário. E o que nos faz sentir vivos. Descobri que a Arte está nas minhas veias, seja através da fala, escrita, desenho, pintura, atuação, criação... O que for. Juntei o útil ao agradável e aqui estou.



    Pois é, lá fui novamente brincar de seguir meu coração. E não é que deu certo? :)          
               

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