domingo, 27 de setembro de 2015

silenciosamente preparada

Está cada dia mais claro pra mim, que o tempo está se encurtando. Preciso finalizar da melhor forma todas as pendências e possibilidades previstas ainda para este ano.
Silenciosamente estou juntando os pedaços, encurtando caminhos e fazendo atalhos reservas. Estou adubando o espaço com as minhas histórias para que a luta continue mesmo que sem a minha presença física. E nesta forma silenciosa arrumo as peças sem deixar vestígios nostálgicos, para que o voo seja livre e silencioso. 
Minha cabeça ferve na emoção e adrenalina de que o tempo corre e as possibilidades são demasiadas para uma só pessoa, mas sigo em frente crente que uma das ideias há de funcionar. Ultimamente não estou conseguindo sentir a pressa do adeus. Estou sem tempo para saudosos momentos.
Silenciosamente estou coletando meus capítulos e preparando um ainda maior. Um espaço pronto e limpo para uma mudança radicalmente estabelecida e aprovada.
Finalmente começo a perceber qual é a minha necessidade deste mundo, minha forma de diálogo, visão e presença.
Estou me entendendo conforme as experiências anteriores e minhas possíveis aplicações em campos menores. 
Cortei-me muito dos excessos e os poucos que tive foram certeiros para que me fizessem parar de vez.
Mas no fim, descobri que sou intensa em cada passo pensado e dado. Não posso mudar e não há porque parar agora, o tempo voa. É impossível que eu viva sem meus impulsos diários que abrem possibilidades todos os dias em minha vida. 
Descobri que são estes mesmos impulsos inconstantes e diferentes todos os dias são os que me dão energia o suficiente para superar o vazio que fica na madrugada.
Me forço a funcionar ou me desligo do mundo.

Sinto cada dia que passa que o tempo está curto, e a crise de ansiedade me força a tomar decisões precipitadas mesmo não as querendo. Me forço a mudar a rota, engolir a seco, prender a respiração e desviar o olhar bruscamente. 
Estarei presa nessa bomba relógio por três consecutivos meses.
E essa bomba vai explodir, e sei que quando isso acontecer reinará a liberdade de forma pacífica e sem remorsos.

Sinto que finalmente estou pronta para me atirar ao desconhecido, ao fechar os olhos no pulo, ao pular do vagão cheio para um campo neutro. Zerado. Onde começarei uma história novamente.
Minha bagagem está completamente cheia de informações e memórias. Tudo dividido em seções, tempo, qualidade de informação, desgaste emocional e mental. O que vale para mim agora é a intensidade em que tudo isso foi vivido. Só assim equilibrarei meu estilo de vida.

Estou a alguns passos da maior loucura da minha vida.
Estou a exatamente 3 meses da mudança eterna.
O tempo corre, e até lá tenho muita coisa a ser resolvida para dar o pulo certo, e o final bem resolvido.

Estou preparando-me espiritualmente para o fim de mais um capítulo.

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Mudando as placas

Não vou me curar deste tipo de ressaca tão facilmente. Estou juntando os copos e continuo competindo para quem sobrevive mais tempo, esta sensação torna-se viciante. Aliás, estou brindando cada momento insano. Fecho os olhos fortemente e vejo-me rindo! Rindo da vida! 
Mal percebo, mas quando me dou conta estou dançando na rua, no meu quarto ou dentro do ônibus. Não ando ligando para mais nada ultimamente, descobri que a opinião alheia só serve para azucrinar mentes fracas. Não ando ligando nem pra velha vizinha do olhar torto ou do padeiro que espia de canto. Estou praticando pequenos passos para ser feliz sem ter vergonha. Me vejo debochando do pessimismo alheio e confessando aos outros de que estou amadurecendo nos meus momentos mais íntimos, comigo mesma. 
Comecei tingindo meu cabelo de rosa, frequentando a nova cervejaria do lado de casa, aderindo a novas amizades, favoritei outros bares, mudei o tema de minhas conversas e desviei o foco dos meus sentimentos. Meus objetivos de vida nunca ficaram tão claros como estão agora.
Aprendi a gostar de me divertir sem preocupação, de sentir o sabor do perigo, do horário ultrapassado, de cozinhar para os amigos e de não temer o telefone. Aprendi a gostar daquilo que eu evitava e desconhecia até então. Inclusive, aprendi a perdoar muito e muitos, como também aprendi a dar desfechos a coisas pendentes.
Ando com preguiça de gente que me puxa para baixo. Preguiça de olhares tortos de inveja e pessimismo, daquele tipo de olhar que possui uma carga negativa tão forte que chega a dar náuseas. Chega uma hora que simplesmente cansamos de segurar o peso alheio a troca de nada. Então que deixe ir, deixe que vão com seus pesos tortos e vazios.
Se não lhe acrescenta, desapegue. Desapegue antes que crie um vínculo doentio e comece a sentir pena da pessoa, isso adoece qualquer ser vivo...eu garanto!
Estou viciada em novidades, em adrenalina, e no silêncio. Estou adorando administrar meu próprio tempo, me dar uma folga e passear todo domingo com a cachorra no parque.
Estou aprendendo a viver uma vida em paz finalmente. Acho que essa tensão de último ano da faculdade está sendo aliviada pela minha própria brecha de ser feliz. 
Não sei exatamente o que ou qual o motivo disso tudo. Só sei que estou numa nova fase e a cada dia que passa... mais isso fica visível e sensato para mim