terça-feira, 1 de setembro de 2015

Mudando as placas

Não vou me curar deste tipo de ressaca tão facilmente. Estou juntando os copos e continuo competindo para quem sobrevive mais tempo, esta sensação torna-se viciante. Aliás, estou brindando cada momento insano. Fecho os olhos fortemente e vejo-me rindo! Rindo da vida! 
Mal percebo, mas quando me dou conta estou dançando na rua, no meu quarto ou dentro do ônibus. Não ando ligando para mais nada ultimamente, descobri que a opinião alheia só serve para azucrinar mentes fracas. Não ando ligando nem pra velha vizinha do olhar torto ou do padeiro que espia de canto. Estou praticando pequenos passos para ser feliz sem ter vergonha. Me vejo debochando do pessimismo alheio e confessando aos outros de que estou amadurecendo nos meus momentos mais íntimos, comigo mesma. 
Comecei tingindo meu cabelo de rosa, frequentando a nova cervejaria do lado de casa, aderindo a novas amizades, favoritei outros bares, mudei o tema de minhas conversas e desviei o foco dos meus sentimentos. Meus objetivos de vida nunca ficaram tão claros como estão agora.
Aprendi a gostar de me divertir sem preocupação, de sentir o sabor do perigo, do horário ultrapassado, de cozinhar para os amigos e de não temer o telefone. Aprendi a gostar daquilo que eu evitava e desconhecia até então. Inclusive, aprendi a perdoar muito e muitos, como também aprendi a dar desfechos a coisas pendentes.
Ando com preguiça de gente que me puxa para baixo. Preguiça de olhares tortos de inveja e pessimismo, daquele tipo de olhar que possui uma carga negativa tão forte que chega a dar náuseas. Chega uma hora que simplesmente cansamos de segurar o peso alheio a troca de nada. Então que deixe ir, deixe que vão com seus pesos tortos e vazios.
Se não lhe acrescenta, desapegue. Desapegue antes que crie um vínculo doentio e comece a sentir pena da pessoa, isso adoece qualquer ser vivo...eu garanto!
Estou viciada em novidades, em adrenalina, e no silêncio. Estou adorando administrar meu próprio tempo, me dar uma folga e passear todo domingo com a cachorra no parque.
Estou aprendendo a viver uma vida em paz finalmente. Acho que essa tensão de último ano da faculdade está sendo aliviada pela minha própria brecha de ser feliz. 
Não sei exatamente o que ou qual o motivo disso tudo. Só sei que estou numa nova fase e a cada dia que passa... mais isso fica visível e sensato para mim
  

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