terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Renova-me mar, renova!

A água me chamou pelo canto, 
me envolveu na sua beleza natural,
me consumiu até o último fio de cabelo seco.
Visitei seu interior com a grande paz de meu peito,
era daquela paz que me fazia falta na rotina.

Um som, um cheiro,o rosto molhado com olhos fechados.
Como sentia saudades da serenidade do mar.
Respirava ao ritmo da brisa batendo no meu rosto,
sentia ela se moldando nos meus cabelos,
e confeccionando um sorriso natural em mim.

Precisava sentir o sal da água, purificando minhas ideias,
lavando meu corpo e levando para longe os pensamentos ruins.
O mar me deu a força que nenhuma pessoa tem o poder de me dar,
ele me deu a energia espiritual, emocional,
queimando toda energia negativa que me cercava...

Bebi de sua água, para que eu pudesse ir embora, com um pedaço do mar em mim.
Um pedaço do maior encanto da natureza, da imensidão azul que cobre o planeta.
Voltei a me sentir viva, voltei a me sentir parte desse todo, voltei a minha base inicial.

Agora sim, estou renovada para 2013! 


                      

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Minhas manias e atualizações.

    Sou o tipo de pessoa moderna, que ao mesmo tempo não abre mão dos bons costumes da vida. 
    Daquelas que preferem ficar sentada na cama esperando amanhecer para daí sim poder dormir. Acordar e tomar um café quentinho, ouvir Beatles no último volume e sair dançando pela casa com a xícara na mão, usando a camisola mais velha do guarda-roupa porém a mais confortável junto com meu roupão lilás. Ao invés de passar a semana saindo todos os dias para dançar com os amigos de noite. Mas acredite, tem vezes que largo tudo, justamente para fazer isso, e acabo me tornando mais uma no meio da multidão de uma balada com luzes aleatórias.
    Gosto de ler Clarice e Lya Luft ao som de uma boa chuva, comendo bolachas de manteiga e tomando chá de camomila, enrolada no meu cobertor de zebra e sentindo o delicioso cheiro do incenso aceso no quarto. Mas tem vezes que passo a madrugada inteira jogando jogos em meu computador, que não me levam muito longe, apenas um divertimento momentâneo e necessário para relaxar também.
    Tenho minhas manias e costumes que não abro mão, uso o mesmo colar há um ano, o mesmo prendedor de cabelo há dois. Acordo todos os dias com o pé direito e dou bom dia aos meus passarinhos logo quando esquento meu pão com margarina. Mas ao mesmo tempo, estudo num curso que está em constante transformação de informações, técnicas e preciso estar sempre antenada e aprendendo a me desfazer dos meus trabalhos que "achava" que eram bons o suficiente para estarem comigo.
    Sou do tipo que bebe a água do mar para purificar o corpo e alma e sair da praia com ela dentro de mim, durmo durante a viagem sentindo a brisa do carro bater no rosto, e adoro os pequenos martelinhos que utilizamos para comer caranguejo. Mas que também amo passar horas e horas escolhendo uma boa roupa para comprar e usá-la apenas para comemorações importantes.
    Não abro mão da minha mania de ver coisa onde não tem, de sorrir para desconhecidos, e poetizar no meio da rua. Olho para as pessoas e imagino-as como personagens de histórias, e tento até mesmo adivinhar quem são elas, o que fazem, que tipo de casa possuem, se são caseiras, festeiras, tradicionais ou modernas.
    Posso até de criar meu próprio estilo de me vestir com roupas da moda, inventar novos desenhos para enfeitar meu quarto, mudar a decoração do meu quarto a cada dois meses e conhecer uma nova banda.
    
    Mas de jeito nenhum, abro mão de meus costumes e manias.

                                              Tumblr_mguepbwnd71s2wzl0o3_500_large

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Então adeus, guria.

    Doeu. Mas fui em frente, era um amor desperdiçado em inutilidades da vida, esperança que doía em meio ao descaso e falta de compreensão. Não pedia muito, apenas que olhasse o caminho que plantava ao redor da amizade, pois não deu.
    Durante anos adubei uma amizade com forte essência de vida e carinho, um sentimento de irmã que invadia minha alma que serena a cobria dos pingos de chuva.Pouco adiantou. 
    Cresci sendo rebelde, assim como nossas vidas costumavam a se cruzar, mas no meio de minha rebeldia, conseguia tranquilamente acalmá-la nos sufocos da vida. Coisa que a mim nunca consegui, e muito menos ela a mim. Pois ela virara uma pessoa desconhecida aos meus próprios sentimentos. Algo estava errado.
    Sabia cada mistério, cada segredo de sua alma, entendia seu olhar inquieto, e seu jeito duro e grosseiro de ser. Mas não a julgava. Amava o seu jeito, mas infelizmente ela só amava quem ela queria, não a quem merecia. Escolhia o status a dedo.
    Nos anos que mais precisei de seu conforto, ela se opôs e me jogou contra o muro, deixando-me jogada aos urubus que derretiam meus ouvidos com seus gritos infernais, me fazendo chorar sentada. 
    Mas mesmo sem sua ajuda ou mão, levantei-me como quem tem uma vida inteira ainda a ganhar, e tomei uma decisão séria em minha vida: Adeus.
    Já havia lutado há anos, por alguém que sempre me deixara morrer na praia, era injusto continuar apertando a mesma tecla sem ao menos receber um apoio quando necessário, ou básico.
    Anos de silêncio após, peguei meus papéis, dobrei as cartas segurei forte minha mala, olhei em seus olhos e lhe disse adeus. Adeus com apenas uma palavras que no entanto foi o suficiente para ela entender o meu recado.
    Até porque olhou-me no fundo dos olhos e nada disse, e mal segurou enquanto abraçava, ela se via livre de mim como um suspiro de alívio engasgado dentro de si.
    Sua alma pouco se importava com a minha, não lhe importava as memórias ou lembranças de nossa história. Importava apenas era as quem ela encontrara.
    Meses mais tarde, me telefonara convidando-me para uma pequena festa no apartamento dela, nada lhe disse. Apenas desliguei o telefone com um silêncio absoluto de minha alma. 

Não se fazia necessário me esforçar para ser novamente: em vão. 
No fundo ela sabia o que fizera, e no fundo ela sabia o quanto me importava com sua pessoa. Como também, no fundo de meu peito eu sabia que ali para sempre a amizade terminara, e isso creio que não fora em vão.


                         424066_253912521406483_1380774921_n_large

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Se é destino ou hora certa, sei que foi amor.

    Reluto ainda em dizer que acredito que o tal do destino exista, pois não digo destino e sim, "hora certa" prefiro assim pensar, menos fantasioso. Pois quando achei que o meu mundo estava acinzentado demais para meus olhos e para minha própria alma - já que tinha mania de lutar contra todos os problemas do mundo. - ele clareou em plena explicação básica: Não era para acontecer.
    Simples. Não era para acontecer. Dito e feito. Não era o que naquele momento eu precisava na minha vida.
    Passando-se as nuvens escuras, os raios de sol aos poucos iam aparecendo em minha vida, florescendo uma flor aqui, outra ali, ou às vezes era apenas mais um capim verde, mas pelo menos era um começo de vida.
    E assim foi o longo 2012 até seu fim, terminando em um espetáculo quase por completo. 
    Foi então que me perguntei, o que ainda está faltando em minha vida? Talvez seja aquele pedaço que deixei ao fundo da gaveta remoendo sem entender. Pois fui verificá-lo. E vi, faltava algo a mais para completar a felicidade que sentia em minha vida, algo que amava sempre, mas era ALÉM do que apenas estar trabalhando finais de semana no teatro como atriz, era algo além disso, que me fazia falta.
    Mas aí que tá, devo mesmo ir atrás do sonho de escolher uma profissão nova, que nem sei ao menos se tem um futuro certo, lucrativo ou o que for? Pois devo. É o meu direito de ser humano ir atrás de meu próprio gosto, já que tenho esta possibilidade de raciocinar e escolher tentativas para ser feliz.
    Eis que um professor me instigou e começou a me questionar o que realmente amava. E daí veio a brilhante ideia que ele me dera, juntar o útil ao agradável, porque não? Design Digital e Produção Cênica, já que eu estava trabalhando de forma tão fluente dentro do Teatro?. Duas coisas que eu amava, em tais planos futuros. Justo, pensei.
    Pois não é que fui realmente atrás? Estudava na simplicidade dos minutos entre um trabalho e uma prova, um curso e o horário de trabalho no teatro. E assim foi seguindo até o dia do teste.
    Eis que chega o tão inesperado dia do resultado, na qual sentia gosto de paz no corpo, de ter feito uma prova com tanto carinho e amor. Pois era mais do que isso, escolhi um curso de coração puro e braços abertos.
    Consegui. Consegui realizar o que minha criança gritava em cima do sofá, planejando como seria o palco dos pequenos ratinhos, ajeitando as cortinas do palco dos fantoches, organizando ingressos que fazia de sulfite rasgado e velho. 
    Era minha criança ali escrita, era ela me agradecendo por ter escutado-a. 

    Por isso digo, destino? Não sei. Hora certa? Talvez. Só sei que precisei deste tempo em minha vida para conseguir com maturidade perceber o que é amor, o que é trabalho, o que é fútil e o que é necessário. E o que nos faz sentir vivos. Descobri que a Arte está nas minhas veias, seja através da fala, escrita, desenho, pintura, atuação, criação... O que for. Juntei o útil ao agradável e aqui estou.



    Pois é, lá fui novamente brincar de seguir meu coração. E não é que deu certo? :)          
               

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Um sonho de viver

    Hoje estou em paz com o mundo, tomei banho de mar para lavar a alma, ouvi pássaros em minha janela. Me deram bom dia durante o nascimento dos primeiros raios de sol de minha querida manhã.
    Bom dia com o pé direito, quero amor, quero paz, quero rir do mundo inteiro. Hoje troquei meu lençol por um novo, quero me deitar em um sonho bom, quero me renovar a cada passo aprofundado, quero dormir no mais novo material de algodão para sentir o simples cheiro de coisa nova no ar.

    Quero conhecer o inesperado!

    Quero que esta paz que consome meu peito, realize em meus dias o pensamento positivo que invade meu coração, como quem pede atenção por esperança mínima.
    
    Sinto-me viva.

    Há dias me sinto assim, viva, simples realização de estar vivendo, um ser vivo no planeta da Vida.
    Sim, Vida com letra maiúscula, com sorriso branco e aberto. Sinto-me bem com os olhares desconhecidos, como se fossem velhos amigos dentro do peito em que abrigo. Tenho a vontade de amar o mundo, de olhar para os miolos das flores a procura de pequenos insetos para me mostrar o simples da vida.
    Estou a procura da verdadeira Vida.
    Quero um alguém do meu lado, andando por entre as estrelas de meus versos, e sentir o gosto de nuvem em minha boca.
    Quero amor completo cheirando a café feito na hora, um amor na qual viverei em paz em meus dias de pequenez, alguém que me abrace a qualquer lugar a fora.
    Juro a mim mesma que já o encontrei, mas não desmancho este meu sonho de continuar a procurar, pois a minha Vida é dia após dia. Não vivo por anos, e sim por dias. E meu sonho se realizou, mas insisto em relembrar como gostaria de conquistá-lo para continuar a me sentir Viva. Viva e amada e ao mesmo tempo realizada por tê-lo encontrado!

    Sinto sede de vida.

    Deito-me ao som de música brasileira, sentindo falta do dono de meu coração, quero que ele lembre-se que ao seu lado estou de olhos fechados, enquanto está a viajar a fora, dentro desta multidão.
    Já planejamos uma casa, filhos e decoração, um nome pro cachorro, e o melhor dia para a grande refeição.
    Somos carne e unha, somos dentes afiados, somos um colírio nos olhos, somos um vidro trincado. Somos dois, somos um, somos aqueles na qual riem do espetáculo da dificuldade e se emociona ao presenciar a vida em mãos.
    
    Tenho vida em meu coração, isto me basta para amar.
    
    Insônia bate em mim e me realiza em versos. Os livros me servem de base para acalmar a saudade enquanto o amado não chega a porta. Logo chegará, e junto dele, trará seu cheiro de amor verdadeiro, na qual compartilharemos em campos verdes, ou muros de concreto.

    Sinto que hoje acordei apaixonada pela vida, sentindo que amo e sentindo que vivo.

                        No-limit-amazing-blue-clouds-favim.com-582204_large

domingo, 6 de janeiro de 2013

A curiosidade mata.

Eis que em minha madrugada de insônia, amanhecendo em seu queridos ponteiros das cinco da matina, sentada lendo um de meus livros, escuto gritos indefinidos vindo da rua.
Não sabia bem ao certo o que era, se era uma sirene, alarme de carro ou casa, um bebê chorando ou um casal brigando na rua.
Só sei que ouvia cada vez mais alto, e com mais intimidade na aproximação.
Senti insegurança e desconforto com aqueles gritos agudos indefinidos.
Estava totalmente desconfortável em minha leitura, relia mais de três vezes o mesmo trecho.
Quando fechei o livro e tentei prestar atenção em tal misterioso som, que de misterioso não tinha nada, apenas uma gata no cio, ri de minha descoberta.
Mas logo quando defini o seu miado, ouvi também o de um carro e o seu pneu freando em sua velocidade absurda.
E é assim que meu dia termina e começa ao mesmo tempo, com vários sentimentos misturados: o de paz pelo silêncio, e de curiosidade aceita, a de desconforto, a descoberta do barulho, a tristeza da morte e a culpa.
Pois um gato acabara de ir para o céu.

Clarice.

É como se meu peito se completasse de amor,
com apenas alguns trechos lidos.
Clarice me preenche de vida, me preenche de alma.
Uma amizade que vive comigo, me diz como seguir em frente,
lembra-me de que estou viva, que consigo aconchegar-me nas rosas úmidas.
Levo um mistério em mim, na qual gosto de preservar.
Um mistério que a grande escritora sabe muito bem como lidar.
Ou talvez não, já que escreve para o tempo passar.
Só sei que necessito das linhas de Lispector quando chega a humilde solidão.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Seja bem-vindo, 2013!

    Bem-vindo 2013, meu querido bebê que nasce no calendário de minha vida, que sua presença renovada, traga muita paz e paciência, mas de vez em quando um pouquinho de agitação.
    Quero bons drinks, uma pitada de emoção, um coração pegando fogo e de quebra mais algumas rosas em meu jardim.
    Se puder adicionar um pouco de energia ao meu dia, agradeço desde já, pois os últimos energéticos que 2012 me deu, fizeram a lanchonete lucrar muito ao invés de economizar para meus livros da faculdade.
    Obrigada pelo esquecimento desde já, sinto que esqueci coisas em quatro dias, que gostaria de ter esquecido há três anos. 
    Então meu bebê recém-nascido, agradeço por ter me limpado a caixa da memória empoeirada em meu ser. Isso já me ajudou na nova confecção de sonhos para reproduzir na passarela da minha vida neste ano. Merci!
    Se puder me trazer mais uma caixa de frutas e jogasse todos os lugares de Fast Food da minha frente para longe, também ficaria grata. Já que minha mudança já vai se tornar mais radical daqui pra frente. Saúde acima de tudo, por favor!
    A academia já será meu dia-a-dia mais do que corrido, então não precisarei dela nos próximos meses, pois sei que no fim estarei agradecendo de pés juntos por não ter virado uma anoréxica de fome por não ter tempo para comer. Pois pelo menos quilos de frutas estarão me acompanhando ao longo dos meses. (E ok, de quebra uns chocolates nos dias mais tensos do mês).
    As corridas matinais serão bem-vindas, tendo em vista que não terei nada para fazer de manhã, a não ser contemplar mais um dia de vida, escutando uma boa música e tentando me concentrar nos diversos trabalhos que terei que realizar ao longo do dia.
    Se puder me trazer café sem muito leite, seria interessante também, já que estou diminuindo o leite de minhas contas pela manhã. Uma boa fruta, cereal, dois pães e um copo de iogurte já me deixam feliz, obrigada.
    Sinto que estou sendo meio indelicada com minha mensagem de boas-vindas, mas não se engane, é que eu mudei mesmo.
    Mudei com a vida, meus gostos. Hoje não sou tão formal quanto antes, trato logo de cara pessoas desconhecidas como velhas amigas. Já estou mais velha e não tenho tanto tempo para introduzir a minha vida de forma egocêntrica ocupando seus próximos minutos com chatas apresentações, como se estivesse vendendo minha própria alma a quem quisesse comprar para obter minha confiança...
    Quer saber? Já confio em poucos, isso me faz pensar o suficiente que logo de cara não confiarei em suas opiniões, então não se atreva em ficar paralisado perante a timidez, 2013. Estou aqui para isso, estou mais madura, não percebe? Não estou mais com medo da noite, como ela parecia-me estranha há anos atrás.
    Hoje em dia danço com ela, e vejo os primeiros raios de sol me darem bom dia, mesmo de salto alto. 
    Bem, desculpe-me 2013. Estou ocupando de forma demasiada seu nobre tempo. Já estás ficando velho com meu discurso, pois já se passara da meia-noite e completara mais um dia de vida. Mas não se preocupe, logo estaremos como amigos íntimos, principalmente nos próximos meses, e estaremos curtindo a vida adoidado.
    Só quero te desejar um "Boa sorte" por ter me escolhido a cuidar de mim (pois em um ano, alguém vai desistir de mim, e eternizarei em apenas um ano, repleto de silêncio), mas espero que a morte demore a chegar.
    Portanto: Boa sorte. É o que desejo por enfrentar esta menina-mulher que vos fala, cheia de energia e sonhos. E mais confiante do que nunca.
    Fique a vontade, a casa é sua. Só cuidado com o carpete do quarto porque acabei de molha-lo com tinta fresca novamente, mas isso só os outros anos poderão me ajudar, porque o dinheiro já começou apertado para realizar tudo o que quero!