quarta-feira, 22 de junho de 2011

O Abismo da vida

  Chega uma hora na vida, em que você sempre se depara com um abismo...Nesse caso, ou você pula sobre ele, ou você pula para alcançar o fim dele, ou alguém te empurra a encontro dele... ou todos ao mesmo tempo.Agora você me pergunta, como?


  Simples, na maioria das vezes a gente constrói uma ponte sobre ele, passa sobre o abismo sem ao menos notar sua existência,mas aí chega um filho da mãe que tenta te empurrar da ponte, você tenta ser forte e fica segurando a cordinha que está amarrando a ponte para justamente pra você não cair... mas no fim, você se cansa de se segurar na pontinha da corda... e você mesmo se solta no abismo. 
  
Essa é a realidade da falta de paciência com a vida nos dias de hoje, tentamos ser discretos em relação aos nossos problemas, tentando passar batido o máximo possível, mas ao invés disso, chega alguém para te passar a perna, e tentar alcançar o outro lado da ponte antes que você... Você acaba tendo tantos problemas na sua vida, que desiste de você mesmo como se nada tivesse solução. Se mata de desgosto e entra em depressão.


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            Temos que rever isso... A vida não é tão banal quanto se imagina.
                                         Fica a dica de hoje (;

domingo, 19 de junho de 2011

Amor em cacos de vidros

  Andando com os pés descalços na grama molhada,corro loucamente em busca de uma esperança perto da calçada...Rua vazia, nenhuma voz escuto a não ser o som do meu próprio choro no escuro.Lágrimas caiam desesperadamente, mãos sangrando e desespero constante, grito o seu nome, grito por ajuda, grito por alguém ali na escuta.
  Nada vejo, tudo sinto, no desespero eu me olho e minto: "Não aconteceu, esse é só mais um sonho, você adormeceu".
Começa a chover mais forte, escuro aqui fora, não tive nenhuma sorte, eu sei foi tudo embora, agora...
  Olhei para trás, lá estava você, caído no asfalto, lindo rosto caído sem motivo, perdido no controle, perdido entre as ferrugens, perdido no espaço.  . Sua alma estava comigo há segundos atrás. Onde agora está você? Será que não te possuo mais?
  Carro maldito, te tirou a vida, matou minha razão, meu futuro, e a nossa divina relação. Os meus sonhos foram jogados na vidraça do carro, esfarelando-se no asfalto molhado, machucados pelas ferrugens e morrendo como numa miragem.
  Aconteceu, não posso mentir, eu estava ali, vendo antes você sorrir, foi tudo tão rápido, tão desesperador, você estava do meu lado e de repente vira um filme de horror.
  Socorro eu gritei, no meio do transtorno e da dor. Sei que ninguém me ouvia, a rua ainda estava vazia, e eu ali com você no meio dos cacos ensanguentados   que caiam na divisa, do meu coração, do corpo e da alma. Quebrou o espelho em que nos mostrava sempre abraçados, dentro do carro em que a música tocava,era a nossa música marcante que estava sempre ali presente, em todos os momentos, como você e eu sempre... Eramos mais do que noivos, eramos amigos e irmãos, acabou, ele morreu, foi pra outra dimensão. 
  Mas meu coração ainda ali está preso, junto com você, socorro pergunto a Deus como foi acontecer... e os seus olhos, nunca mais posso ver, sentir o seu calor, sua mão ao redor de mim, e o seu abraço? para onde foi?Sumiu... Acabou, já foi, já disse, mas não quero acreditar... aonde vou demonstrar minha vontade de te amar? Só rezar? Será que vai adiantar? Te esquecer nunca mais, eu não quer isso pra minha vida, deitei com você ali no asfalto, no meio da avenida.
  Maldito caminhão, matou meu coração, maldito seja aquele que inventou a ideia de virar a contra-mão. E eu chorava... chorava sem parar, veio a ambulância tentando te resgatar, mas já era tarde, não dava mais, minhas mãos sangravam e o seu rosto nunca vi mais. Cadê você? Você me escuta? Desça aqui e veja que linda essa noite escura.... A gente olhava para as estrelas, cantávamos para a lua, agora estou aqui sentada, sozinha e miúda, acolhida nos meus próprios braços, tonta e quase surda.
  Só escuto sua voz, logo chega a tontura, desmaio na madrugada do lado da sua sepultura. Tudo aconteceu, porque logo você morreu, te quero aqui agora, do meu lado, você prometeu, esqueceu?
  Não adianta mais, choro de saudade, de muitos anos atrás... Já passou, eu sei, tinha que ter superado, mas mal você sabia que eu tinha engravidado, estou aqui, com o bebê no colo, hoje é o seu neto, pena que não deu tempo que conhecer o nosso filho, nem o seu neto. Ele hoje digita para mim, pois forças não tenho mais... só queria registrar de tudo o que eu fiz capaz, chorei, berrei, hoje eu criei o nosso filho e amei, você e ele, como se fossem um só...
  Sua lembrança em mim, sempre estará marcada, mas pode ter certeza que a gente irá se encontrar logo logo numa dessas estradas, no fim da vida, da minha passada..... 
...meu amor, até logo, quase estou aí de chegada!


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sexta-feira, 17 de junho de 2011

Minhas rosas, suas pétalas, nosso perfume.

  Depois de rosas queimadas, jogadas fora pelo vento por meses,
desvalorizadas e rotuladas de feias apenas pelas suas pequenas falhas nas pétalas, que foram mordidas pelos pequenos insetos que sempre usufruíram de seu doce encanto, mesmo as rosas acolhendo-os em seu interior, brotam-se agora milhares de botões novamente em meu coração.
  Floresce cada dia uma nova rosa, uma rosa mais delicada que a outra. Uma rosa mais amável que a outra, uma rosa amorosa e esperançosa.
  A rosa da paixão, a rosa da fé, a rosa da vida otimista, da vida sonhadora e batalhadora e mais do que isso... a rosa da superação.
  As rosas machucadas ainda estarão ali, para mostrar que nem sempre uma falha nas pétalas as fazem deixar de serem rosas, deixarem de ter seus doces perfumes, de ter a maciez de suas pétalas, de ter cores carinhosas, e jamais deixarão de ter um formato misterioso e sonhador na qual suas ondulações fazem de uma linda simples flor, para a beleza única de uma rosa.
  Algumas rosas podem até ter murchado pela minha caminhada, mas quando menos esperava uma boa adubação de felicidade, apareceu um ser com um calor amoroso em suas mãos para cuidar-me. Agora sei que há sempre um jardineiro ao meu lado para cuidar de minhas rosas!
  E eu o agradeço por trazer sempre vida e cor, as pétalas da minha vida!


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                                     Merci mon amour, merci! sz

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Ontem devota, hoje na luta.

  Anos passados, nos primórdios de uma infância, morava ao seu lado um amor sem fim, marcado pela delicadeza de detalhes no relevo da madeira, traços arredondados e puros, pintados seus cabelos, longos cabelos, cobrindo seu rosto estava um véu comprido desenhado delicadamente.
  Era uma fé materializada, apenas para iluminar a palma de suas mãos todas as manhãs quando a tocava antes de sair de casa. Pois a verdadeira fé, estava sempre presente em seu pequeno coração que batia fortemente a cada oração que fazia, pois a cada vez que juntava suas pequenas mãos, trazia fé ao seus dias de agonia.
  Era devota de uma vida de esperança, amores, carinhos e bondade, passou sua infância inteira acreditando na mais pura verdade.
  Mas ao longo dos anos, a mentira aparecia, a realidade se apresentava com rebeldia, mostrando-a ao mundo,uma pequena menina como se sua vida fosse meras fantasias. Cresceu acreditando que sempre tinha alguém acima dela acompanhando seus passos e a ajudando sempre, mas a cada dia que passava, não era isso que dentro dela confirmava.
  Tinha ao seu lado, grandes símbolos carnais que a ajudavam a continuar com sua fé, uma fé bonita, inocente, que se destacava a cada dia mais.
  Papa João Paulo era seu maior símbolo presente na terra,uma representação que pra ela fora até hoje a mais bem representada, da pureza do olhar, e no jeito carinhoso de se falar, fé tão linda sobre ele desde pequena, que só depois de crescida, virou santo.
  Sua querida e eterna avó, que em seu passado quase virara uma freira, mas que pelo destino contraditório a fez mudar seus caminhos e constituir uma família.Mostrava-lhe os passos mais lindos não só da religião, mas sim, de pequenos atos naturais de bondade que podemos fazer aos outros em nossa rotina, mostrou que a fé cura nossas mágoas em dias difíceis e também nos servia para agradecer nossos dias maravilhosos.
  A irmã do antigo colégio que na qual cresceu ao seu lado, orava todos os dias na capela, ensinou-lhe os mandamentos, e ensinou-lhe as imagens na qual os santos se eternizavam no meio de nós, meros humanos.
   Porém, houve um dia que seus grande ídolos partiram, restando-lhe apenas saudades intensas de dias religiosos que ali havia seguido.
   Lutava contra preconceitos, pressentimentos, injustiças... No seu canto, com as mãos juntas.
  Mas com o passar do tempo, percebera que isso não era o suficiente para retribuir tal amor arrecadado em anos de oração, o mundo era muito mais do que duas mãos paradas e juntas, era um mundo de mãos abertas e em constante movimento.
  Seus estudos e leituras, foram muito mais além do que a igreja, atravessou a mente de grandes filósofos que ao longo da vida muitos já estudaram, e lhe despertou um imenso interesse em seus pensamentos extraordinários.
  Pessoas muitas vezes não entendem porque tal mudança radical em sua vida, mas talvez poderiam entender se fizessem uma mudança dentro de sua própria igreja, se ao menos abrissem os olhos para arrecadação de dinheiro por ganancia, da falta de liberdade nas vestimentas dentro de uma igreja,do preconceito contra homossexuais, entre outros grandes erros... 
  A vida é muito mais do que apenas se concentrar numa imagem, a vida é aproveitar e ajudar as imagens vivas que passam ao nosso lado despercebidas, que muitas vezes, caem aos nossos pés mortas, de fome.


  Talvez aquele antigo amor pela religião volte, quem sabe um dia,mas talvez seja tarde demais... Talvez só quando entenderem do porquê hoje em dia nesse mundo ninguém mais quer a nossa própria paz, se não isso... nunca mais.




segunda-feira, 6 de junho de 2011

Meu mistério, pertence a você.

Como pode um amor se manifestar tão rápido em meu coração?
De uma forma que minhas artérias pulsam ao ver seu nome sem ter ao menos nenhuma codificação.
Do normal ao óbvio, fica explícito sua indiferença, mas meu coração ainda palpita, mesmo com pouca referência.
A sua foto me lembra alguém, que de fato nunca me pertenceu, um rosto da qual nos meus sonhos ele sempre apareceu.
Minhas mãos suam de forma ingrata ao te ver... espere um pouco, deixa eu ir aí te reconhecer, já que nunca em vida pude sentir o gosto de um belo amanhecer.
Nunca te vi, nunca te senti em meus braços, mas meu coração se anima apenas com o seu relato.
Frases aleatórias são jogadas dentro da minha utopia. "Maldita, maldita" grita a pobre da menina.
Dos olhares desviados, meu mistério apareceu, era você, mais ninguém, foi assim que aconteceu.
Abri meu caderno com a inspiração de um poeta veterano, pobre de mim, sou apenas um amador aos prantos.
Sequei o meu medo, e voltei ao meu desejo. 
Quero um sonho impossível, se tornar o meu melhor amigo.
Poderia alimentar essa minha chance de viver do amor, se assim pudesse ao menos, confessar qual é o seu grande temor.
Quero te guiar, te proteger, te amar.
Me deixe ao menos eu te mostrar, que ainda sou romântica o bastante para tudo isso superar.
E que nenhum amor platônico de mim, um efeito grave vai gerar.
Deixa-me assim, pra sempre eu te amar.
E assim, meu mistério, você irá solucionar.


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