segunda-feira, 13 de junho de 2016

"Olha só moreno do cabelo enroladinho..."

Seu cheiro me abraça a alma e me aquece o peito. Neste momento somem os medos e as inseguranças entre seus braços inteiros. 
A tua calma me fortalece e me estabelece no plano concreto e real. Seus passos andam me guiando para algo tão orgânico e natural, que me custa acreditar na veracidade dos fatos, mas nunca do sentimento. 
Não que a credibilidade não fosse aceitável, mas da realidade exposta aos nossos olhos e mãos. Uma realidade bonita e sincera... E quanto as mãos... a minha do lado da sua, revezando carinhos de dedos. 
Ouvi dizer que só quando se ama de verdade é que os casais fazem carinho de dedo, caso contrário, é só paixão. Pois não há detalhe tão sincero que um dedo preso ao outro no encontro das mãos, naquele silêncio, em uma espera, ou por distração estar mesmo assim atento ao sentimento.
Meu corpo quis se unir ao seu de uma forma tão segura e sincera, que dispus a me reinventar de tal forma que me conheci melhor ao seu lado.
Pela primeira vez descobri que meus defeitos são meras distrações da vida, que muitos podem ser corrigidos e aceitos. 
Nós amamos silenciosamente cada detalhe um do outro. E são nesses detalhes que nos tornamos tão unidos e íntimos da vida de cada um.
A sua tranquilidade me faz sorrir em meio ao caos. Me solidifico e ao mesmo tempo evaporo nas horas ao seu lado.
Há anos achava que eu estava pulando de histórias em histórias... para no fim, cinco anos depois descobrir que de todas essas histórias, eram apenas capítulos que pertenciam a nossa própria história. Todos os personagens, enredos, aventuras... nos amadureceram e nos transformaram para chegar onde estamos. E conseguimos acompanhar cada passo um do outro, mesmo tão longe... 
Demorei cinco anos para realmente me jogar na segurança de que nosso carinho era mais forte que tudo, incomparável com qualquer relação antes vista ou sentida. Que nossa conexão era bem mais forte do que qualquer amizade. 
Nossa conexão ultrapassa limites de tempo e/ou distância.
Fazem cinco anos que te vi naquela sala, com aquela bola de "limpa-tipos" enorme na mesa e seus cachinhos lindos que dava vontade de fazer cafuné. 
Foi naquela sala, que fiquei te olhando, sem nem ao menos saber seu nome, sua idade e toda sua história...
Um amor a primeira vista, real, sem novela, sem enrolação, sem falsos detalhes. Quis você naquele momento. Assim como cinco anos depois do nosso finalmente encontro, pude ter a certeza que queria você em minha vida.
Nunca acreditei em destino. Só em acidentes rotineiros. 
Ter escolhido Design de Produto e não ter passado na UFPR de primeira, foi o pior sentimento que senti na minha vida... mas sem este acidente, nunca iria descobrir o quanto maravilhosa era o seu amor.  
Se nessa história de cinco anos ainda não se pode escrever um romance... estou ansiosa para o que ainda poderá ser escrito ao seu lado! 

My baby.