sábado, 20 de fevereiro de 2010

Poema, sim, admito.

     Admito.
     Que não consigo esconder mais,
     Todos me observam esperando,
     Que eu berre cada vez mais
     Que eu confesse tudo o que sinto,
     Que eu fale em tudo o que acredito.
     A alma se esconde no meio do medo,
     Com o coração nas mãos,
     Decidida e atenta do perigo nos dedos.
     A música toca, sinto como se fosse ontem,
     A letra me faz lembrar, tudo o que dizia,
     Parece que para poder reforçar,
     Ela me relembra daquele dia.
     Poemas são escondidos em gavetas de meu quarto,
     Lembranças são fechadas dentro da mente,
     Mas nada mais tem a mesma graça nessa vida,
     Do que a mesma que sentia ao ver seus olhos.
     A voz aquecia meus ouvidos, num sussuro verdadeiro.
     Poucos acreditam em histórias.
     Mas as vezes tenho certeza que faço parte de uma.
     Mesmo sem saber o seu final
     Uma história nua e crua.
     Verdadeira até a última fala
     Admito.

Nenhum comentário:

Postar um comentário