terça-feira, 26 de maio de 2015

    Eu tenho segredos para guardar. Segredos que me firmam como mulher, menina, adolescente e como eu mesma. Este espírito do momento que vaga sem idade em busca de lembranças inexistentes, que correm pelo ciclo da vida em busca de uma verdade e de um por quê.
    Segredos de diversos sabores, texturas, sons e palavras perdidas. Vivo guardando meus olhares para não expô-los em olhares errados e bocas perdidas.
    Sou um diário secreto, que os poucos que leem o segredo, voam com algumas páginas e jogam ao vento... como se os segredos não fossem para durar.
       E não duram. Segredos são para serem vividos, sentidos e tocados. 
Segredos são fonte de inspiração para poetas, amantes, dramaturgos, pintores, compositores, músicos. De resto, segredos não servem para viver. 
    De que me resta um belo segredo se não me inspira para amar ou doer? 

    Segredos deveriam ser feitos para durar, assim como promessas.
Promessas se quebram tão fáceis que soltam os dedos em buscas de verdades sobre o próprio ego. O ego que se desmancha assim que o segredo acaba na própria promessa. 
A vida tem fim no seu próprio ciclo infinito.

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