domingo, 3 de maio de 2015

2.1

Sinto o gosto das palavras me atingirem de forma singular. Entro no próprio compasso dos meus passos em direção ao desconhecido. Sou guerreira de minhas próprias histórias, silenciei meus medos para progredir minhas metas, e assim, construí meu destino junto com minha paciência educada.
Joguei fora os pertences que a mim já foram utilizados, deixei o meu passado no formato de uma caixa rasgada de tanto uso, sou vencedora das minhas próprias decisões e aqui estou.
De repente, 21. Finalmente sou aquela que sonhava tanto, cheguei no pico da minha meta, minhas mãos suavam ao perguntar do meu futuro, hoje já tranquila, respondo sorrindo dos meus planos feitos. Sou uma mulher de sonhos já cultivados.
Já rabisquei muitas folhas com várias ideias, rabisquei versos como roteiro de viagens, construí materiais nunca usados. Hoje faço parte dos que se arriscam o impossível. Confesso, que estou muito bem onde estou. Minha prática está mais rápida do que o esperado, realizei-me antecipadamente.
Estou com fome de planos e objetivos. Meu corpo já implora por mapas nunca vistos, quero que o desconhecido me invada dia após dia, e destrua minha mente com novas ideias. 
Sou feita de sonhos, e é desta coragem de reproduzir metas, que tiro a vontade de continuar sempre. Guardo nostalgicamente as melhores lembranças, e as levo como aprendizado de um tempo feliz... o tempo de crescimento e amadurecimento.
Com toda a certeza, asseguro-me que sou uma nova pessoa, mais determinada, mais observadora, com amigos escolhidos a dedo, empreendedora e com a arte aguçada na ponta dos dedos e língua. 
Sou filha da arte, e ela assim me conduzirá para sempre. Sei disso e sinto a cada dia no suor de meu trabalho que dela viverei, seja para colocar o pão na mesa como para preencher meu coração ansioso. 
Hoje faço vinte e um anos. E destes anos, levei a arte em meu peito, seja em forma de quadros, versos, música, dança, decorando textos nos cantos da vida para encenar nos palcos de madeira ou produzindo arte dos outros Curitiba a fora.
Sou filha da arte e dela para sempre serei. 
Sou muitas, sou fragmentada, dentro de cada fragmento um complexo misterioso, que guarda em poucas linhas o segredo de cada coragem artística. Sou feita de medos, boas ideias, grandes escolhas, rodeada de várias pessoas porém poucos ouvidos, observo mais do que realmente falo. 
Hoje sou feita de olhos. Ontem era feita de boca. Amanhã serei apenas ouvidos. E espero que para o resto de minha vida, minhas mãos estejam sempre prontas para trabalhar com a mesma vontade de hoje. 

Sou filha da arte, e ela me habita pois a arte me move. 
Que este novo ano que venha em minha vida, seja um passo para meu mais novo começo. Que a arte me dê o pão necessário para produzir cada vez mais arte. 

Escrevo para mim mesma, para sempre registrar o que tenho de melhor em mim. E o que eu desejo do fundo do meu coração, é felicidade em meus objetivos. Que este caminho que eu esteja seguindo, seja o certo. E se não for, que eu aprenda a sempre errar para aprender cada vez mais com passos tortos. Porque no fundo, sei que quanto mais eu arrisco, mais um passo de conhecimento e oportunidade de recomeço dou a mim mesma.
Que venham 365 dias de pureza em meu coração e em meus sonhos futuros. 
Lembre-se sempre disso, da Fernanda que sempre foi, que sempre quis ser e aquela que és. Feliz Aniversário para mim mesma.
Um beijo.
Da Fernanda com 20 anos, que lhe preparou a melhor base para que tenha um futuro cada vez melhor. Aproveite.

E deixe que a arte de mova, sempre!

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