quinta-feira, 7 de maio de 2015

vinte e nove de maio de dois mil e quinze

Se o sangue que agora me mancha, é a prova de que estive na luta, lutemos! Escorre lágrimas de insegurança em meio ao poder descontrolado, onde o dinheiro eleva a inteligência, onde nossos heróis viram as vítimas, um mundo onde os cretinos se passam por bons.
Sejamos aqueles que pisam descalços no meio fio, para provar que a coragem é grande quando se há orgulho por ser quem é, de levar o fardo de bom educador, de ter passado diante dos olhos de centenas de crianças, te lhes ter dito as melhores palavras dentro dos melhores conselhos.
Deite-se na grama e admire as bombas caírem sobre meus olhos enquanto peço socorro pela perna machucada, estou deitada com a minha dignidade, implorando pelo meu direito de ter pão em casa.
Deite-se comigo e escute o barulho dos inocentes, dos trabalhadores enchendo os canteiros e cantos, escolas e mentes ingênuas. Abra seu coração, governador. Olhe o apelo de nossos mestres, suas carreiras, anos de estudos, de educação. O senhor tem filhos, e deles educação precisarão! São meus heróis meu senhor, que lhes ensinarão!  
Observe como o discurso é elaborado, frases bem colocadas, abraços apertados, lágrimas sinceras, ansiedade quase doentia, de corações compostos de esperança e amor. 
O silêncio que cerca em suas próprias casas, são pedidos de socorro entrelinhas. A espera de uma decisão interminável, uma dor que não sei completar apenas com abraços. Filhos abraçam seus pais, pais abraçam seus filhos. A educação está de luto. E meus heróis não merecem isso. Respeito é bom, e os professores merecem! 

Fica minha homenagem a todos os grandes professores que tive em vida, principalmente minha mãe que continua na luta pelos seus direitos! 

Estamos juntos! Do luto à luta! 

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