segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Morrendo na escrita.

A vontade de sentir o velho sangue correndo pelas suas mãos, era maior do que a própria vontade de escrever, já que ali ninguém o ouvia, só lamentava por sua louca existência.
Convencer a todos nunca fora o seu forte, a não ser, deixar registrado suas ideias, na esperança de que um dia alguém se reunisse na mesma ideia que a sua.
Sua voz dormia no meio das lágrimas, enquanto sua risada era eternamente enterrada nas trevas.
O sol havia sumido, enquanto tentava se acalmar nas lágrimas de sangue. Seus pensamentos manipulavam seus sonhos, como seu sentimento fosse morto e sobrevivesse apenas a razão da vida.
Nada se podia completar naquela vida que se parecia totalmente inútil, só se completava a ideia de que sozinho ele vivia melhor.
No meio da linha de seus versos, de um destino incerto, ele escrevia sua velha vida, nas folhas de papel enxarcadas de sangue.
Uma vida histórica, morta numa vida escrita.
Seu sangue se seca e enfeita a sua escrita, registrado tudo no seu último dia de vida.

Nenhum comentário:

Postar um comentário