quarta-feira, 15 de maio de 2013

Louca, louca, louca.

Penso, digo, me julgam.
Penso, me calo, me condenam.
Penso, escrevo, me apontam.
Penso, interpreto, me acham.
Penso, desenho, dão risadas.
Penso, me expresso, se assustam.
Penso, choro, me descriminam.
Penso, corro, me chamam de louca.
Penso, amo, ignoram.

Choro, me escondo, 
me viro no mato,
me jogo da cama, 
leio meus livros,
escuto meus Beatles,
faço um poema,
vejo sozinha o cinema com pipoquinha,
dou risada sozinha,
pinto a cara com a minhas manias,
juro promessas, e quebro regras.

Adormeço e sonho, sozinha.

Viro louca, viro louca.
Me atiram tesouras,
rasgam minha fala, minha coragem e minha alma.

Me aquieto novamente,
me silencio no ambiente,
some a voz e desapareço,
até que minha presença, 
eles logo esqueçam. 

           Large

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