sábado, 14 de janeiro de 2012

O último vestígio evaporou-se.



    Vestígio da última respiração fresca, fica entre meus lençóis e meu travesseiro, desvirtuando-se da janela, onde o ar torna-se renovável, ele me sufoca propositalmente dentro das quatro paredes ocas, de puras lembranças malditas.
    No receio da morte, por falta de ar que se possa consumir, cravo minhas unhas no colchão, que antes parecia macio em sua presença, e derramo lágrimas de saudade para depositar a mágoa junto ao seu perfume que se estabiliza no ar.
    Ao olhar o seu retrato, lembro-me que dele só resta o amor, por alguém que não reconheço mais, que junto com seus defeitos, rancores e mudanças maléficas, foram afundados em conjunto, para cair e não mais levantar.
    Estourando-se como balões, minha mágoa se transforma em superação ao secar as úmidas histórias encardidas.
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Um comentário:

  1. Oi, Nanda! Estou retribuindo sua visita ao meu blog e adorei o que li aqui! Não consegui comentar na sua última postagem, mas quero dizer que está certa. Uma guerreira reconhece outra guerreira, não se deixe abater pelos tropeços da vida que as lágrimas da conquista virão firmes junto com os sorrisos da vitória! Um abraço!

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