sábado, 6 de novembro de 2010

Childhood

De: Uma mortal
Para: Ninguém, é apenas um desabafo

Daquilo que desejamos, para aquilo que nunca acontece.
Desde lembranças, desde sonhos.
Desde palavras, desde pessoas.
Desde uma profissão, desde um pequeno animal.
Desde um túmulo, desde um aperto de mão.
Desde muito tempo, eu quero voltar nele.

Voltar...
A minha infância, a minha avó.
Aos meus sonhos, a minha futura profissão.
A minha amiga, a minha música.
A minha amiga-professora, a minha confiável religião.

Voltar...
A casa antiga dos meus avós, a pitangueira.
Ao rio de morretes, a praia deserta.
Ao frio do Rio Grande do Sul, a ter minha boneca Lili.
A ver o frango que falava, a segurar a ninhada de filhotes.

Voltar a tudo que não existirá mais.
Voltar aquilo que eu sempre fui, e deixei de ser ou ter.
Voltar a um passado que não volta.
Voltar a ver no espelho a criança...
... que hoje grita dentro de mim,
dizendo que quer voltar pra casa.

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