segunda-feira, 2 de maio de 2016

A verbalização da nova significação

Não digo que me silenciei. Digo que foram dois meses intensos demais para serem verbalizados. Presenciei e senti mais do que expressei. 
Minha vida passou por um processo de reintegração de diferentes formas, porém do modo mais natural e orgânico possível. Me reinventei em minha própria rotina e causei-me estranhamento a partir disso.
Larguei o emprego, pintei paredes, aprendi a aceitar mais minhas próprias vontades e esquematizar melhor meus planos. Aprendi a administrar meu próprio dinheiro, a nomear sentimentos e persistir rudemente em meus objetivos.
E dessa intensa reformulação, sobrou um grande pedaço de arte. Um pedaço que há tendência de ser lapidado por muitos anos, um pedaço que mostrou-me movimento e força de vontade, energia e amor pela minha própria vida.
Nesses dois últimos meses me reconheci mulher, reconheci-me criadora de um espaço só meu.
Renasci para decupar meus próprios sonhos, invadir minha segurança para explodir minha liberdade todos os dias.
Renasci na minha própria tentativa de liberdade, em meu próprio objeto de estudo, em meu ponto de partida.
Me reescrevi entre versos, para entender-me como arte. Um nova linguagem artística que a partir de hoje reinventa meus passos e meus objetivos.
Silenciei o que antes me matava, para que agora possa verbalizar o que me vive.

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