domingo, 28 de agosto de 2011

Morte de mim. MInha morte. O "mim" morreu. O "mim" se esqueceu...



  Minhas risadas ao mesmo tempo que são raras, são frágeis como cristal, quebram o encanto logo com um toque grosseiro, estraçalhando em velhos cacos invisíveis e perigosos, podendo trazer sangue a pele ao tocá-los
  Meus olhares estão sempre direcionados a uma utopia individual, onde minhas ideias se tornam fantasia e ninguém pode dissolvê-las na realidade.
  O vácuo se transforma em órgão principal dentro de meu corpo e transborda em energia para a próxima isolação.
  O vazio me esquece de viver e me faz apenas existir. Existo para os outros, não para mim.
  Minhas fantasias dançam com as palavras e dão um doce gosto a minha alma, adocicando minha mente com imagens transformadas em palavras sensíveis e de longe, bonitas.
  Minha alma canta com a sorte, canta com o belo e o superficial, porém meu coração canta com o amor sofrido, esmagado pela dor, fortificando mãos alheias que apertavam meu sentimento até a morte.
  Minha inocência está espelhada em minha infância, nas mãos da senhora que me abençoava com uma última promessa dita pela boca amorosa na qual segurava minhas mãos como uma eterna despedida calorosa, não despertando os olhos no dia seguinte.
  Minha alma precisa descansar, assim como os pássaros se aquietam no inverno...
  Tento ficar, mas não consigo...meus olhos já estão começando a fechar...

Fim de mim... com o velho cheiro de alecrim e morangos mofados, mofados por mim.

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Um comentário:

  1. O que cansa é esse esforço desnecessário que nos ensinaram de separar o de dentro do que somos por fora.

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