Conto minutos para explodir em horas. Pego um copo, encho até a metade sento lá fora e observo as árvores esverdeadas com suas flores roseadas.
Costumo muito a pensar o que há do lado do outro muro... Outras pétalas caídas? Rejeitadas pela bela árvore saudável e muito bem desenvolvida? Ou apenas mais um longo trecho de calçada, matando os dentes-de-leão que do lado do tronco ficavam?
De vez em quando aparecia um passarinho, pousava no muro e cantava rapidinho. Logo mais ele se colocava a voar para ir direto ao seu ninho.
Enchi mais meio copo e sentava logo no chão, olhava para as nuvens imaginando suas formas como se fosse uma extra informação, algo do tipo "essa é a sua missão".
Enrolava meus cabelos deitada na grama junto com as folhas secas, sentia o cheiro úmido da terra invadindo a minha alma e assim tirei uma soneca.
Acordei aos prantos em minha cama... Era apenas um sonho, um sonho da minha velha infância...
Quando a gente cresce parece que tudo no mundo fica pequeno, como a nossa imaginação.
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