terça-feira, 12 de outubro de 2010

Monotonia celular.

Levanto, sento, observo, abocejo.
Deito, durmo, sonho, me assusto.
Acordo, observo, abocejo, me faço de cego.
Analiso, escrevo, desenho e apago.
Me calo, me fecho, me deixo de lado.
Algo acontece, algo me esquece, algo me engana.

Abro o livro, folheio as páginas e me imagino com asas.
Esqueço do mundo, me jogo bem fundo e vôo nas histórias sem pensar.
Me vejo no espelho, corto o cabelo e me deixo assim estar.

Me encanto, me aproximo, me apaixono, me entrego.
Me engano, me iludo, e no fim, me desapego.
Esqueço de tudo, desconheço a todos, e me prendo no mistério.

Uma vida, mil segredos, várias histórias, bilhões de desejos.
Mas apenas uma certeza é que eu amo tudo o que vejo e logo escrevo.

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