segunda-feira, 20 de agosto de 2018

10/06/2018

Cheguei a um ponto da minha vida em que mais nada me contenta. 
Meu otimismo sempre foi o meu forte, principalmente as expectativas que a partir dele criava todos os dias.
Sempre acordava buscando o melhor em cada coisa. Esperando o melhor dos outros e coisas a partir de minhas escolhas.
Depois de anos me jogando em cabeça em pequenas desculpas para ser feliz, percebi do porquê os moldes da sociedade ficam tão claros após certa idade.
Compreendi intensamente do porquê das pessoas se engessarem de tal modo que não conseguem rir de pequenos erros. Tudo vira escândalo, tudo vira bola de neve.
Tudo vira decepção. 
Real isso.
Somos acostumados a buscar o melhor de nós sempre, e esperamos que o mundo faça o mesmo consigo e com eles mesmos. Mas nem sempre as pessoas estão na mesma sintonia ou se importam na mesma medida.
Ultimamente estou aceitando aquela grande ideia de se chutar o balde para longe e apenas sentar no asfalto esperando anoitecer para poder pegar meu balde de novo e levar pra casa para dormir.
Infelizmente as pessoas nos frustram de tal modo, que deixamos de nos reconhecer por um bom tempo.
Estou nessa fase, infelizmente. 
Buscando o reconhecimento de mim mesma para a tal da mudança. Onde é que me perdi? 
Meus sonhos sempre foram bem alinhados, totalmente executados, apenas com algumas mudanças óbvias. Mas ultimamente estou me afogando em dúvidas e cheiros, em corpos e anseios.
E cada dia que passa, vejo que ficar sozinha e em silêncio perante a esse tornado doente é a melhor opção.
Estamos enfrentando tanta merda política nessa país, que percebe-se que as pessoas estão perdidas.
Não se sabe se amanhã terá emprego, se a empresa vai fechar, se a gasolina vai acabar, se a comida faltará. Esse ano o Brasil resolveu parar e isso deixou as pessoas fora de órbita.
Não era para ser um texto político, nem é meu intuito chegar a algum lugar. 
Apenas utilizo da escrita como uma forma de escape.

Ultimamente nem sei mais o que está sendo meu escape. A não ser buscar uma nova versão de mim mesma. 
Queria realmente voltar a tomar gosto pelas linhas, pelas prosas e longas conversas. Mas a vida não dá esse tempo. É tudo pra ontem, é tudo envolvendo dinheiro e trocas.

Saí de um relacionamento mais insegura do que entrei. Não me reconheço mais. Aliás, minto. Saí mais segura do que sou, mas já não sei mais o que quero a partir de mim mesma. 
Talvez essa seja a própria resposta. Reconhecer-me a partir de meu próprio silêncio e perceber que não há respostas nem conclusões para tudo.
Mas confesso que está difícil. Ando crítica demais, seletiva demais. Mas ao mesmo tempo pretendo inovar. Sentir outros cheiros, gostos, experiências.

Sinto falta de vida.

Acho que cheguei ao ponto em que meu trabalho e estudo me consumiram a tal ponto, que esqueci de observar ao meu redor, o que realmente me faz falta.

Vida que segue. Os meses me dirão

2 comentários:

  1. A vida sempre será uma flutuação de incertezas, com inúmeras escolhas, e uma sequência de problemas. Mas o incerto é a chance de ser feliz, de aprender de evoluir. As escolhas a chance de valorizar o que realmente importa para nós. E os problemas a chance de encontrar a felicidade resolvendo aqueles que nos motivam.

    Uma palavra pode mudar o mundo. Não deixe as tuas para depois.

    Fiquei muito feliz com teu comentário que li somente hoje. Alcançar as pessoas é algo raro. Um grande abraço!

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