Talvez eu tivesse tempo para pensar com calma, em algo que poderia ter sido o melhor para mim. Mas o tempo não obedece regras e não respeita nossas vontades. O tempo continua a andar para frente, e sem virar o seu caminhar, continua na mesma sintonia de um viajante sem rumo.
Maldito tempo.
Não o tive. Infelizmente ou felizmente? Talvez felizmente, assim não teria aprendido tanto com cagadas e erros em que a perfeição cobre sobre a nossa vista.
Se eu realmente tivesse dado ouvidos ao tempo, ele teria me acalmado, não teria me feito soltar tantas lágrimas pesadas que foram guardadas em anos no peito.
Eu estaria mais leve agora. Talvez.
Mas quem disse que o tempo dá moral a nossa conversa? Ele mal nos escuta, como é que pode opinar sobre algo? Mas ele sabe o que faz, afinal é ele quem afirma que tudo vai acabar no túmulo de um jeito ou de outro, e temos que nos conformar com tal decisão. Ponto. Há como discutir sobre isso?
Morreremos sozinhos no meio da solidão do vasto túmulo, e ali frios estaremos.
Esta foi a resposta do tempo, a única certeza que me deu. Até agora.
Mas antes disso, o tempo me lembrou que eu estava viva, e sussurrou em meu ouvido: Pare de me perguntar tanto, e vá logo viver guria!
E assim fui. Meio cabisbaixa e insegura, mas fui. Conformada que ele sabe que caminho vou tomar, e está traçando pouco a pouco meu destino.
Talvez seja dolorido, talvez seja colorido até demais.
De um jeito ou de outro, o tempo sabe o bem que ele me faz.
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