quinta-feira, 3 de março de 2011

Passos invertidos

  Nas mãos frias, lembro-me do calor, suo frio, como minhas lágrimas que descem agora, congeladas. Sombras ao vento salgado que bate em meus lábios vermelhos, fica rosa e morre em luto.
  Cai meu olhar sob o chão, nuvens me cobrem de pavor por tentar querer fugir. Deixe-me ir, e levarei comigo sua alma eterna por onde andarei.
  Livro-me de seus braços no segundo passado, porém, sua voz se eternizará em meus ouvidos do mesmo jeito que o gosto de seus lábios se preservará para sempre nos meus.
  Sigo reto, no caminho de rosas secas, ontem vermelhas, agora pretas. Sigo seu perfume imaginário, vivo sua vida como se ainda fosse a minha.
  Sua presença ainda está em mim, e sempre estará, eu sei. Você me persegue como a minha sombra convive comigo eternamente. Estou amando você, você está de meu lado agora, você sempre estará em meus sonhos e em meu coração, pena que todos sabem e acreditam... menos, você.