
Até agora estou me perguntando como consegui enfrentar, aguentar e superar tanta coisa em apenas alguns meses. Eu só tenho a agradecer a todos que participaram comigo deste ano, que me apoiaram, ajudaram. Pois por mais que no fim as coisas saíram do passo da felicidade, tive muitos, bons momentos. Obrigada a todos.
Realizei este ano um dos meus maiores sonhos: Entrar na UFPR - Tec. Produção Cênica! Nunca chorei de tanta felicidade, como foi ao ver meu nome da lista de aprovados. Uma nova etapa em minha vida estava começando logo em janeiro, minha vida estava mudando nos primeiros dias de 2013.

Já no começo de fevereiro pude notar uma grande passo: Primeira viagem fora de casa. Para alguns vem antes, outros depois... Mas a minha foi a primeira vez que fiquei 4/5 dias fora de casa. Viajei com o Grupo de Teatro Tanahora para Londrina, Maringá e Toledo para o evento da Acolhida aos Calouros nas outras sedes da PUCPR. Sensação de liberdade, responsabilidade, independência e acima de tudo, experiência profissional.

Foi naquele momento ao entrar no ônibus que sabia que estava fazendo escolhas certas em minha vida. E foi ali, olhando para fora, que tive certeza que o teatro pertence a mim, como eu pertenço ao mundo.

Em março, retomamos com a peça "Homem ao vento" só que agora participando do Festival de Teatro de Curitiba. Minha primeira participação em um Festival, foi sem dúvidas uma experiência muito boa profissionalmente... Senti a diferença na pele como é importante nossa evolução dentro e fora dos palcos, essa tal da maturidade em que temos que ter para podermos evoluir ouvindo críticas e elogios sobre nosso desempenho, e foi a partir daí que senti que teatro é puro estudo, temos que estar em constante atualização com nosso corpo, voz e mente.
Em abril, o sol começou a aparecer mais forte no dia-a-dia. Começou a correria e as aulas da UFPR. Foi neste mês que percebi que me inscrever para Produção Cênica foi a melhor escolha que eu fiz na minha vida. Foi na UFPR em que comecei a abrir minha mente e meu coração para tudo. Um lugar onde encontrei pessoas queridas, amáveis, amigas e unidas acima de tudo, um lugar na qual me mudou por completo e eu agradeço de coração a todos da minha turma por este ano maravilhoso em que passamos.

Foi então que em Maio, surgiu a oportunidade através de um trabalho da faculdade (Design Digital)- PUCPR, gravar um vídeo relatando como é o dia-a-dia da SPAC (Sociedade Protetora dos Animais), resultando em um trabalho muito lindo e emocionante, me dando cada dia mais prazer e vontade de cuidar destes pequenos indefesos. Uma experiência linda e mais um passo decisivo na minha vida: Seguir a área audiovisual dentro do Design.

Graças a toda esta história percorrida com os cachorros durantes estes meses, que veio a ideia de adotar a Teca, uma senhora poodle abandonada na rua cheio de tumores em seu corpo. Era uma matriz, na qual dava cria a filhotes que posteriormente seriam vendidos. Como estava incapacitada de ter mais crias, fora jogada na rua.
Não pensei duas vezes em adotá-la, mesmo com sua idade avançada, seus tumores, sua alergia na pele, adotei com o maior amor do mundo. Hoje em dia, ela é a minha companheira para longas caminhadas no final de semana. A partir deste momento, junto com a ajuda do Tiago (na qual fez o vídeo junto comigo), criamos o "Amigos sem lar". Seu objetivo principal é ajudar na divulgação de cães que precisam ser adotados pois foram encontrados na rua e precisam de um lar.

Em seguida pude ter o privilégio de ter ao meu lado meus dois novos hamsters: Jolie e Charlie. Como também final de junho/julho meu pai trouxe para nossa casa a Pituxa, uma cachorrinha que fora atropelada em Pinhais.
Ao longo do ano tive acertos e erros, mas percebi que vivi intensamente a cada dia, como se realmente fosse o último. No último semestre deste ano, senti dores horríveis em meu peito ao passar por uma situação muito difícil: Lidar com a morte. Infelizmente presenciei a morte da minha primeira cachorrinha, a piti, da minha hamster Jolie. Mas o que foi mais difícil foi sentir a dor da perda de meu diretor Laercio Ruffa e minha Tia Marga.

Apresentei uma das minhas últimas apresentações sob direção de meu querido chefe, diretor e amigo, Laercio Ruffa dentro de um hospital, na qual se foi em menos de duas semanas depois que chegou a internação. Seus ensinamentos, seu amor pela arte e pelo o teatro, ficarão para sempre eternizados em meu coração.

Mas o que mais me marcou fora sua última frase "A arte nos move". E foi a partir daí que percebi que a arte é o motor da minha vida, da minha alma.
Sinceramente, iria falar mais detalhado mês por mês. Mas seguirei falando mais geral, pois muitas coisas ocorreram para citar a data exata de cada uma. Mas gostaria de ressaltar que conheci pessoas incríveis em minha vida, principalmente Alica e Georg um casal alemão que trouxe alegria em minha rotina dentro da universidade, me trazendo conhecimento de sua cultura local e me divertindo horrores, agradeço muito a oportunidade de tê-los em minha vida durante este ano que se passou.


Nina para muitos pode ser apenas uma simples cachorra, mas para mim foi a resposta de uma esperança inimaginável! Ela me trouxe forças, me trouxe alegria e motivação para continuar. Como adotei com 50 dias de vida, tenho a oportunidade de acompanhar seu crescimento com muita alegria, e sua fase infantil e divertida, me tira de qualquer tristeza me mordendo pra brincar junto.
Há quem diga que animais são apenas animais, mas eu lhes digo: Animais são remédios para nossa alma! E graças a pequena Nina, meu xodó, abriu meus olhos para a vida, mostrando-me como é bela.