domingo, 28 de abril de 2013

Há de ter...

Há de ter alguém que possa me olhar nos olhos e acalmar-me com um sorriso, mesmo que breve.
Necessitava assim, de um abraço intenso que acalmasse minhas angústias, perante estes perigos que nos cercam dia após dia.
Guerreamos em uma estrada com um fim não visível, porém estamos certos de que ele existe, e logo mais aparecerá para confirmar tal dúvida.
Andamos muitas vezes com pressa, sem tempo para olhar o que há de bom na vida.
E também, andamos muitas vezes lentos, sem a vontade de olhar para tudo aquilo que está distante e que precisa de certa providência para que chegue até nós.
Constantemente procuramos nos reinventar, seja na forma sentimental, prática, física, mental, relacionando-se com outras pessoas muitas das vezes.
Por isso precisamos destas mesmas pessoas, além de nós mesmos, para nos ajudar a segurar a barra, uma fase difícil, que parece nunca ter fim.
E eu aqui, parada. Tentando me reinventar em um sopro de consolo, uma lágrima doce solitária. Enquanto o mundo roda, as pessoas riem, outras choram, sentem fome e o frio passa a matá-las.
Enquanto estas pessoas boas não vem...
E eu estou aqui. Reclamando da minha solidão momentânea, do meu cansaço diário, das minhas respostas duvidosas, do meu armário bagunçado, do meu café que esfriou.
Mas há de ter alguém que possa me dar colo nas noites frias, que suavize minhas lágrimas me cantando melodias, e que me mostre a ponta de sol onde a tempestade não pega.
Há de ter otimistas no mundo, e acabo sendo uma ao pensar assim.
Há de ter pessoas boas rondando a minha cidade no passar de um passarinho. Aos poucos sei que encontraremos tais pessoas...
Mas por enquanto só achamos estas de cara emburrada e com sintomas de quem  quando nasceu, caiu do ninho.

Mas há de ter... eu sei que sim.

                         Large

Nenhum comentário:

Postar um comentário